domingo, 5 de setembro de 2010

De poucos amigos hoje.

“Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.” (Mt 18.15.)

Não sei o que é amizade quando alguém que se diz seu amigo, simplesmente procura outro amigo para perguntar se eu fiz algo contra ele. Pra mim, esse é o cúmulo da inimizade, da falta de confiança. Ora, se sou teu amigo, vem até mim com confiança e pergunte algo. O que for diferente disso é fofoca, é desconfiança e quebra de relacionamento. É morte.

É morte aquilo que não se vê mais, não se enxerga e não continua.

De morte eu sei falar. Há 7 meses sei o que é a dor da interrupção, da não continuidade da vida.

Acho que isso também se aplica aos nossos relacionamentos em vida, pois se perder a amizade de alguém faz sofrer, sei o que é sofrer por razões maiores. Perdi um pai e essa dor sim é a que faz doer. E quer saber? Se fosse meu amigo, não me negava o direito de saber de mim mesma, se fosse meu amigo, meu amigo seria.

De poucos amigos hoje.

Mais uma tentativa...

... De manter este blog ativo.
Vamos lá!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Manaus e a Copa


Como amazonense é claro que estou eufórica com o fato de Manaus ter sido escolhida entre uma das sedes dos Jogos da Copa de 2014. É óbvio que isso enche qualquer cidadão de orgulho.
A escolha aumentou ainda mais o tom do spot do governo do Estado, que agora virou hino e todo mundo canta ainda mais alto e com mais pavulagem: “Eu tenho orgulho de ser amazonense!”.
Manaus merece e todo mundo anda feliz por aqui. Mas me pergunto: Até quando?
Sem querer fazer nenhum tipo de comentário pessimista, mas quem mora na Capital sabe o quanto as ruas, as avenidas e o trânsito precisam urgentemente de melhorias. E isso vai acontecer. Estão inclusos nos projetos de melhorias para a Copa a implantação de um metrô de superfície, aumento da rede hoteleira e intervenções que proporcionarão melhorias no trânsito. Isso é ótimo! Mas vai ser bom depois de tudo prontinho. E antes disso?
Pergunto-me, se nós, amazonenses estamos preparados para suportar o caos que a cidade vai se tornar por conta das aceleradas e gigantescas obras.
Os investimentos estão assegurados e de fato a capital do Amazonas vai ganhar muito com a realização do maior evento esportivo do mundo, mas está na hora de cada cidadão acalmar os ânimos e começar a praticar exercício de cidadania e bom humor. Assegurados também estão, o trânsito parado e as ruas interditadas, portanto, vale lembrar que em 5 anos nossa cidade vai mudar, mas nossa mente também precisa evoluir e cada um de nós precisa parar com o imediatismo, com aquela pressa tipicamente amazonense por culpa de tantas obras inacabadas que estamos acostumados a encarar diariamente nas ruas da cidade.
Sim, estou me referindo às obras que deveriam ter sido concluídas há anos e até hoje, nada. Ou alguém já se acostumou com o viaduto inútil que insiste em permanecer na bola do Coroado e que nunca fica pronto? Sem contar com a implantação do “Sistema Expresso” em 2001, que não atendeu as expectativas da população. E os investimentos no “Estresso”?? Estimando em R$ 120 milhões. Só isso.
O bom da Copa em Manaus é que tudo vai acontecer. Ainda bem. Portanto, resta a cada manauense ter muita calma nessa hora e saber diferenciar o tempo e a obra. Não são mais promessas de palanques. A copa está aqui e
bem daqui onde estou vou me acostumando a ter uma cidade mais bonita, mais importante e mais humanizada.
Chega de estresse num dos piores trânsitos do Brasil, chega de pressa, numa cidade que quase não anda de tantos congestionamentos e apertos, chega de prolongar a lamúria. Estamos falando da Copa, de gol de placa, de uma Manaus melhor, de cidade transformada, da cidade dos sonhos (?) e de muita alegria para encarar as mudanças que vão resultar em dias melhores para todos nós.

terça-feira, 2 de junho de 2009

A difícil tarefa (ideia) de atualizar o blog











Quisera ter o hábito de escrever neste blog como tenho o hábito diário de escovar os dentes. Sim, porque diariamente rola algo interessante para escrever, mas eu acabo deixando as ideias (e lá se foram nossas idéias, maldita reforma ortográfica!) pra lá e não atualizo isso aqui. Talvez porque eu ando achando mesmo que nem tudo o que escrevo pode ser tão interessante assim...Acho o máximo acompanhar alguns blogs de conteúdo, algumas mentes fervilhantes que dia-a-dia tecem seus comentários a respeito da vida, do nada, do tudo. Acho que o grande lance dos blogs é escrever sem medo.Dizer o que pensamos sem imaginar quem está lendo ou sem a preocupação com o que vão pensar do que eu penso não é uma tarefa das mais fáceis, pois o tempo passa, as ideias mudam (mudaram mesmo minhas idéias, maldita reforma ortográfica!) e depois a gente volta pra ler o que disse antes e se arrepende (ou não).O certo é que preciso atualizar isso aqui. De que adianta ter um blog metade? Um blog frio? Sem histórias (ou estórias) pra contar, sem o cumprimento da função a que ele se destina.Preciso fervilhar minha mente, preciso explorar minhas ideias (é que antes eu as tinha, agora não. Maldita reforma ortográfica!) e preciso simplesmente escrever, ou minha ânsia se acumula por aqui. Isso já tá virando paranoia!! (Quero a paranÓia de volta, maldita reforma ortográfica!).E que seja, enfim, este blog útil a mim.




domingo, 8 de março de 2009

Aprendi sobre Efésios 4:26 e um pouco mais...

Na mesma noite após ter escrito o último post, inesperadamente, sem ninguém precisar me fazer entender, compreendi Efésios 4:26 e só então após toda explosão de ira que tive, percebi que se eu permitisse o sol se pôr sobre a minha ira, havia fugido do tênue limite que separa a ira do pecado.
E foi naquela noite que parecia ser a pior de todos os tempos, que pude tirar compaixão bem lá do fundo e desejar que DEUS abençoasse aos que estavam me ofendendo e mais que isso... Machucando quem eu mais AMO.
Após todas as crises e a busca do equilíbrio para enfim não perder a paz por completo e não atrapalhar o melhor que estava por vir rendi-me completamente numa oração que é muito mais que escrita... Muito mais que uma tentativa de desabafo, é encontro pessoal com QUEM PODE SOLUCIONAR todas as coisas.
E foi assim que naquela noite, compreendi mais sobre mim, sobre minhas limitações e sobre o quanto ainda preciso aprender a fim de não bloquear nada ao meu favor na tentativa de fazer as coisas à minha maneira.
Não tem jeito, qualquer ser humano, por melhor que seja, num determinado momento de luta e tentativa de acertar, no fim, compreende que sem DEUS para ir à frente da batalha, está perdido.




"Busco na vida tantas coisas que nem sei por que razão fortaleço minha vontade pra que tudo aconteça do meu jeito. Corro enquanto acredito, persisto até chegar ao fim pra descobrir, lá no final, que eu corri atrás do vento... O que eu preciso, os homens não podem dar, o que eu preciso, a prata não vai comprar, o que eu preciso, o mundo não pode dar. O que eu preciso, é habitar contigo, ó Deus!

(Vaidade – Heloísa Rosa)



segunda-feira, 2 de março de 2009

Ensina-me sobre Ef. 4:26.

Escrever me faz bem, mas hoje estou com muita raiva e revoltada com determinada situação, aí a escrita tem outro sentido pra mim...
Ao mesmo tempo em que posso “desabafar” e externo a fúria, cria-se um novo inimigo: a própria palavra que não pode ser dita. (E compreendida!)
No fim das contas, eu acabo não eliminando tudo aqui... Não expondo a real razão do desabafo aí nem sei mais se é bom ou ruim escrever, porque temo tornar-me vitima de minhas próprias palavras. Contraditório isso? Imagina! Hoje? Só amanhã!!

Mas vamos lá... Deixa-me escrever sobre algo que preciso aprender...

Nunca fui uma pessoa vingativa, não desejei (pelo menos conscientemente) que alguém se ferrasse diante de uma injustiça comigo. Relevei muita tirania, perdoei, esqueci e sinceramente? Não odeio ninguém. Mas certo episódio esses últimos dias tem me enfurecido profundamente e continuo não odiando quem me faz mal, mas descobri que não sou tão pacifica ao ponto de relevar o mal que fazem com aqueles a quem AMO.
Descobri que é mais fácil esquecer o mal que fazem a mim, que a quem eu quero bem.
Vai entender o fenômeno que explode dentro do ser humano nessas horas, só sei que especialmente hoje não consegui compreender como posso irar-me sem pecar... Preciso descobrir esse limite, não permitindo que sol se ponha sobre minha ira. Quero aprender, sinceramente.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Chega de saudade...

Com a partida de mais uma amiga/prima/irmã/companheira e eu diria mais: De um pedaço de mim, há uma semana, me peguei num reflexivo momento em que pude comprovar o quanto minha vida é feita de saudade.
Saudade de pai, de amigos de infância, da adolescência, juventude, de irmãos na vida adulta, saudade de muita gente que se vai e deixa uma lacuna no peito. Não que eu me apegue a essa saudade ao ponto de viver tristonha, mas confesso que os primeiros dias de ausência me deixam bastante abalada, até eu retomar o fôlego e me apegar à certeza de que em breve nos veremos de novo.
Tem sido assim.
A saudade tem sido uma companheira eu diria chata e irritante, porque vira e mexe, lá vem outra despedida.E o que eu faço com tudo isso? Sigo na vida “à distância”, enviando e recebendo e-mails, postando fotos no blog, recebendo e fazendo chamadas telefônicas e procurando me aproximar mais dos que ficaram por aqui, refazendo velhos laços e construindo novas amizades, quase me acostumando com o fato de que mais cedo ou mais tarde, terei que dizer até breve a alguém novamente.

“Saudade é a endiabrada tentativa de pintar a cor do vento".