sábado, 31 de janeiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button




As 13 indicações ao Oscar 2009, incluindo a de melhor filme ao “Curioso Caso de Benjamin Button” foram justas. O filme simplesmente é o máximo e vale levar todas as estatuetas a que concorre.

As 3 horas são embriagadoras e não cansativas, pelo contrário, é instigante cada tempo que transcorre a história.
O delicado equilíbrio entre drama, humor e aventura se assemelha ao
Forrest Gump, que é um filme longo e maravilhoso de assistir. Meu favorito.
Aliás, a primeira coisa que comentei ao final do filme com os companheiros ainda na sala do cinema é a semelhança entre as duas histórias, sem ainda saber que roteiro é de Eric Roth, o mesmo escritor do premiado filme estrelado por
Tom Hanks.
Adorei.

A lição que se tira da história é que seja qual for o sentido da viagem, é impossível escapar ao tempo.

Sinopse
Drama baseado no clássico romance homônimo escrito por F. Scott Fitzgerald nos anos de 1920, que conta a história de Benjamin Button, um homem que misteriosamente começa a rejuvenescer e passa a sofrer as bizarras consequências do fenômeno. Button, estranhamente, chega aos seus 80 e poucos anos - na New Orleans de 1918, quando a Primeira Guerra está chegando ao fim - e a partir disso começa a ficar mais jovem. Ainda que a cronologia do tempo segue normalmente e ele invada os anos do século 21.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Existe uma Lois Lane dentro de mim...


Aproveitando a sugestão de um novo leitor deste blog, vou tecer alguns comentários sobre minha ótica jornalística. Especialmente, minha visão do que tem se transformado o jornalismo nos dias de hoje e sobre a carreira.
Vamos lá então...
Você já notou que toda garota que quer ser atriz, dançarina ou modelo, diz que vai cursar jornalismo?
Tenho notado o crescente número de aspirantes a celebridade, que enxergam a profissão de jornalista como sendo SHOWnalismo, logo, encaram o trabalho em TV como trampolim pra isso.
É uma verdadeira decadência!

Alguns desavisados ainda pensam que ser jornalista é só aparecer na TV, simplesmente. As pessoas desconhecem completamente as tantas funções da profissão, como: Editor, Editor-Chefe, Subeditor, Redator, Articulista, Colunista, Crítico, Revisor, Repórter, Apurador, Pauteiro, Fotógrafo, Diagramador, Locutor, Produtor, Cinegrafista, Colunista, Comentarista, Assessor de imprensa, entre outras funções.
Há quem pense que jornalismo é glamour e que o objetivo de todo jornalista é ser âncora no jornal da globo.
Alto lá!! Existe muito campo a ser explorado não apenas em televisão, mas também em jornais, revistas, rádio, websites, weblogs, assessorias de imprensa e em salas de aula, entre muitos outros lugares em que a presença da imprensa se faz imprescindivel.
Alguém disse em algum lugar que ser jornalista “é como jogar nas 11 posições do campo”. Concordo. É necessário entrar nesse “jogo” sabendo que o trabalho é árduo e o mercado está cada vez mais competitivo. Tenho essa consciência nos meus 6 anos de curso (que eu deveria ter concluído em 4, caso não tivesse preferido a lua de mel que estudar e não fosse a burocracia de uma faculdade sanguessuga, mas isso é assunto para outro post).

Ainda não adquiri vasta experiência na área. Enquanto estudante fui produtora de um programa de TV e Assessora de Imprensa, além de repórter por 1 dia, e ainda temo a entrada “de cabeça” no mercado, porque sei que infelizmente muitos valores são dia a dia esquecidos e invertidos e grandes empresas pagam jornalistas apenas para publicar aquilo que é viável a elas.
São muitas as questões éticas e “estéticas” que merecem debate, mas talvez ainda me falte cacife pra isso, mas uma certeza eu tenho: Daqui a 26 dias recebo meu canudo e depois disso, estarei no olho do furacão tentando sobreviver aos percalços, deslumbres, encantos e salários baixíssimos dessa profissão, que como outra qualquer, tem seus prós e contras.

O maior engano que alguns jovens talvez estejam cometendo é escolher uma profissão sem conhecer o básico dela e sair em busca apenas dos “louros”, esquecendo-se que para se chegar lá, é necessário ralar muito e isso é algo que AGORA posso dizer que estou aprendendo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Em tempos de convalescença...



Há 11 dias me submeti a uma cirurgia e todo cuidado é pouco no pós-operatório.
É uma série de NÃO PODE que sinceramente cansa.
Mas a reclusão tem suas vantagens...
É um período para revermos alguns valores, afinal a vulnerabilidade nesse momento existe e temos que nos entregar aos cuidados de outras pessoas.
Esse momento é bom quando se está cercado de pessoas que nos amam, que com simples cuidados demonstram amor e carinho.

Isso me fez um bem imensurável esses dias... Senti na pele, literalmente, o que é ser protegida.
Mas aí estive pensando também sobre aqueles que não tem os outros para protegê-los, aqueles que no leito, junto com toda a sensação de impotência que uma doença ou um pós-operatório carrega, não tem com quem contar e se viram sozinhos.
Coincidentemente enquanto escrevo esse post, na sala de casa, meu cunhado assiste ao filme: “Ensaio sobre a cegueira” e apesar de eu não gostar muito do filme, não há como não tê-lo como o exemplo mais apropriado para esse tema, pois o longa retrata bem a realidade nua e crua de quem passa a depender da ajuda de alguém, e a lição que se consegue tirar é quanto ao fato de sermos obrigados a confiar uns nos outros quando os nossos sentidos físicos nos deixam.
Confiar nos médicos, métodos e nas pessoas para nossa recuperação transforma algumas coisas dentro de nós... No meu caso, estou vivendo um paraíso de cuidados na casa de mamãe, mas para certas pessoas é um padecimento, uma crueldade por ser esquecido ou não ter quem o ajude.
Ainda bem que nessas horas em que a vulnerabilidade humana se abate, eu tenho amigos especiais, sinceros e tão amáveis que fazem toda a diferença na minha vida: Minha família.
É uma pena que nem todas as pessoas tenham essa graça e sofrem além da dor, o descaso e a solidão.

DEUS é mesmo muito generoso comigo!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Quando (só) fala o coração!



Reclusa nas últimas semanas por culpa de uma cirurgia para retirada da vesícula biliar (entupida de cálculos) assisti a inúmeros programas de TV, entre filmes, novelas e seriados.
Bem entediante esses dias, exceto no horário em que começava a minissérie “Maysa – Quando fala o coração”. Uma linda produção que resgatou a história da cantora brasileira, morta em 1977, o ano em que eu nasci.
Foi uma experiência marcante conhecer sua música e tão sofrida vida.
Maysa foi uma mulher intensa. Teve a coragem de seguir por um novo caminho na música, cantando num estilo totalmente diferente daquele que era a sua marca. A bossa nova era o contrário da música fossa, do samba-canção, da dor-de-cotovelo, estilo musical de Maysa. E saiu-se muito bem. Ponto positivo em sua trajetória, já que muitas de suas escolhas foram pautadas num egoísmo sem tamanho, onde prevalecia o que pra ela era conveniente.
Como no mau exemplo de abandono do único filho Jayme Monjardim, que hoje as 52 anos, dirigiu a minissérie que retrata a história da mãe, sem esconder a relação atribulada que tiveram e o quanto isso o fez sentir-se rejeitado.
Cada cena foi dirigida de maneira primorosa e a escolha por atores desconhecidos foi um achado, deu uma “oxigenada” na teledramaturgia da globo. Gostei muito!
Mas ainda falando da transgressora Maysa, acredito que nenhum jovem deve pautar suas escolhas apenas naquilo que pensa ser o melhor pra si. Claro, nossos sonhos devem ser obstinadamente perseguidos até a realização, mas aí abandonar marido e filho pra viver sua arte é demais.
Acredito no compartilhar os sonhos com quem sonha conosco e esse outro nos amar tanto ao ponto de sonhar conosco também e buscar a realização do nosso sonho, por amor, em parceria.
Infelizmente esse foi o fato contraditório na vida de Maysa, que disse viver com o seu primeiro marido o único e verdadeiro amor e, no entanto, o abandonou.
E a relação de abandono com o filho? Nessa nem me atrevo entrar nos méritos, afinal na altura do campeonato, após haver escolhido a carreira ao marido, “esquecer” o filho num internato foi uma saída, de certa forma, coerente. Parece que ela tentou preservá-lo de seus próprios problemas – com álcool, por exemplo, e acabou afastando-o da realidade louca que era sua vida.
Mas valeu a reclusão para acompanhar essa linda minissérie, de impressionante fotografia e riqueza de detalhes. Sorri, chorei, me empolguei e me emocionei demais! Aprendi algumas lições com Maysa, dentre elas, a de que destruir as relações com quem amamos, numa sucessão de erros, nos leva a infelicidade.

"Se meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar..."