domingo, 18 de janeiro de 2009

Quando (só) fala o coração!



Reclusa nas últimas semanas por culpa de uma cirurgia para retirada da vesícula biliar (entupida de cálculos) assisti a inúmeros programas de TV, entre filmes, novelas e seriados.
Bem entediante esses dias, exceto no horário em que começava a minissérie “Maysa – Quando fala o coração”. Uma linda produção que resgatou a história da cantora brasileira, morta em 1977, o ano em que eu nasci.
Foi uma experiência marcante conhecer sua música e tão sofrida vida.
Maysa foi uma mulher intensa. Teve a coragem de seguir por um novo caminho na música, cantando num estilo totalmente diferente daquele que era a sua marca. A bossa nova era o contrário da música fossa, do samba-canção, da dor-de-cotovelo, estilo musical de Maysa. E saiu-se muito bem. Ponto positivo em sua trajetória, já que muitas de suas escolhas foram pautadas num egoísmo sem tamanho, onde prevalecia o que pra ela era conveniente.
Como no mau exemplo de abandono do único filho Jayme Monjardim, que hoje as 52 anos, dirigiu a minissérie que retrata a história da mãe, sem esconder a relação atribulada que tiveram e o quanto isso o fez sentir-se rejeitado.
Cada cena foi dirigida de maneira primorosa e a escolha por atores desconhecidos foi um achado, deu uma “oxigenada” na teledramaturgia da globo. Gostei muito!
Mas ainda falando da transgressora Maysa, acredito que nenhum jovem deve pautar suas escolhas apenas naquilo que pensa ser o melhor pra si. Claro, nossos sonhos devem ser obstinadamente perseguidos até a realização, mas aí abandonar marido e filho pra viver sua arte é demais.
Acredito no compartilhar os sonhos com quem sonha conosco e esse outro nos amar tanto ao ponto de sonhar conosco também e buscar a realização do nosso sonho, por amor, em parceria.
Infelizmente esse foi o fato contraditório na vida de Maysa, que disse viver com o seu primeiro marido o único e verdadeiro amor e, no entanto, o abandonou.
E a relação de abandono com o filho? Nessa nem me atrevo entrar nos méritos, afinal na altura do campeonato, após haver escolhido a carreira ao marido, “esquecer” o filho num internato foi uma saída, de certa forma, coerente. Parece que ela tentou preservá-lo de seus próprios problemas – com álcool, por exemplo, e acabou afastando-o da realidade louca que era sua vida.
Mas valeu a reclusão para acompanhar essa linda minissérie, de impressionante fotografia e riqueza de detalhes. Sorri, chorei, me empolguei e me emocionei demais! Aprendi algumas lições com Maysa, dentre elas, a de que destruir as relações com quem amamos, numa sucessão de erros, nos leva a infelicidade.

"Se meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar..."

Um comentário:

Anônimo disse...

Minha música preferida...

Dia de luz
Festa de sol
Um barquinho a deslizar
No macio azul do mar

Tudo é verão
Amor se faz
Num barquinho pelo mar
Que desliza sem parar

Sem intenção
Nossa canção
Vai saindo desse mar

E o sol
Vejo o barco e luz
Dias tão azuis

Volta do mar
Desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade de cantar

Céu tão azul
Ilhas do sul
E o barquinho ao coração
Deslizando na canção

Tudo isso é paz
Tudo isso traz
Uma calma de verão
E então

O barquinho vai
A tardinha cai

Volta do mar
Desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade de cantar



Amei o post xuxúuu!!!! =D